Faz o que for preciso
Há mais de uma década, esperava que o simples facto de ter o título de "gestor de produto" me conferisse poder e autoridade. A palavra gestor sugeria que eu estaria encarregue de alguma coisa. A palavra " produto " sugeria que a coisa pela qual eu era responsável seria um produto inteiro e, por sua vez, todas as pessoas cujo trabalho era necessário para construir esse produto. Quem não gostaria de ter esse emprego?
Mas isto não podia estar mais longe da verdade. Como gestor de produto, o teu título não te dá nada - nenhuma autoridade formal, nenhum controlo intrínseco sobre a direção ou visão do produto e nenhuma capacidade para fazer uma única coisa significativa sem a ajuda e o apoio dos outros. Na medida em que fores capaz de liderar através da parceria e da confiança, tens de ganhar essa confiança a cada minuto, todos os dias. E tens de traçar o teu próprio caminho para ganhar essa confiança num papel cheio de ambiguidade irresolúvel e complexidade irredutível.
Sem exceção, isto significa que cometerás erros - erros gritantes, flagrantes e embaraçosos - à medida que fores construindo a tua prática de gestão de produtos. Serás evasivo quando precisares de ser direto. Serás impulsivo quando precisares de ser paciente. Seguirás as "melhores práticas" à risca e, mesmo assim, elas sairão pela culatra de formas que nunca poderias ter imaginado. Os erros que cometeres terão repercussões reais para ti, para a tua equipa e para a tua organização. Sentir-te-ás ...