Gestão de produtos na prática, 2ª edição

Capítulo 11. "Data, pega no volante!"

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Hoje em dia, parece que toda a gente quer ser - ou contratar - um gestor de produto "orientado por dados" (ou, pelo menos, "informado por dados"). E porque não haveriam de querer? Para um gestor de produto, "orientado por dados" pode ser uma abreviatura útil para "nesta função definida de forma ambígua e cheia de complexidade humana mole, sei como fazer coisas sérias no negócio dos dados". E para um gestor de contratação, "orientado para os dados" pode ser uma abreviatura útil para "não cometas erros, nunca". O que é que pode correr mal?

Com toda a seriedade, há muito a ganhar com a análise dos dados dos utilizadores, dos produtos e do mercado. Se os nossos objetivos nos ajudam a ver para onde estamos a ir e a nossa estratégia nos ajuda a decidir como vamos lá chegar, então os dados podem ajudar-nos a perceber se estamos ou não no caminho certo. Claro que para isso é necessário saber o que significa "caminho certo" para o teu produto e equipa em particular. Na tua carreira de produto, é provável que haja alturas em que não tenhas acesso aos dados de que achas que precisas e alturas em que tens acesso a tantos dados que parece impossível tomar uma decisão. Para lidar com estas duas situações, é necessário cultivar um ponto de vista forte sobre quais os dados que são importantes para ti, porque são importantes e quais as decisões ...